Com a presença de ex-diretores do Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs), inclusive da primeira diretora, Hagar Espanha Gomes, o reitor Roberto Salles presidiu, no dia 13, a sessão comemorativa dos 40 anos do instituto, que incluiu a entrega de título de posse a três moradores do morro da Rua Lara Vilela, nos fundos do Iacs, e uma carreata até o Campus do Gragoatá, onde foi fincada a bandeira do Iacs, ao lado da pedra fundamental da sede, que será erguida em terreno ao lado da Biblioteca Central. A cerimônia contou com a presença de representantes de várias associações de moradores e de moradores das vizinhanças do instituto, além do vice-reitor, Emmanuel Paiva de Andrade; da diretora do Iacs, Mara Eliane Fonseca Rodrigues; e de professores e funcionários da UFF. Para o presidente da Associação de Moradores da Lara Vilela, Fernando Alexandre Fernandes, esse foi um momento histórico.Segundo a coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (Nephu), a arquiteta Regina Bienestein, responsável pelo projeto de regularização, são apenas três títulos, mas ela também concorda em que eles representam um momento emblemático, porque o ato mostra a universidade pública cumprindo seu papel, e também aos moradores que "há uma luz no fim do túnel e que é possível ter sucesso na luta pela posse da terra e que a UFF contribuiu para isso". Para a universidade, é importante por formar profissionais mais preparados para enfrentar os problemas que as áreas urbanas trazem e verificar como é dura a luta pela posse da terra, no país.
Ligação entre o Nephu e a Lara Vilela
Ligação entre o Nephu e a Lara Vilela
Há 15 anos, afirma Regina Bienenstein, a associação de moradores da Rua Lara Vilela procurou o Nephu, com o pedido de que os auxiliassem na luta pela regularização fundiária, pois o núcleo já tinha esse trabalho de assistência técnica à comunidade. Primeiro entraram os alunos da disciplina Projetos de Habitação Popular, fazendo os primeiros levantamentos, que tiveram continuidade com as bolsas de extensão e, em 2004, se iniciou uma parceria com a Prefeitura de Niterói, que vigorou até 2007.Nesse período, de parceria com a prefeitura, o Nephu teve condições de fazer todos os projetos de redesenho urbanístico e os projetos de correção de situações de risco geotécnico para então criar os projetos de implantação de cinco moradias. Uma delas foi construída pela prefeitura e parte da solução para evitar o risco de deslizamento foi executado. O projeto de redesenho previa abertura de um trecho de via na parte superior do morro, que foi implantada pela metade.Após 2007, o Nephu continuou com a parte jurídica e administrativa da regularização fundiária, que é o que culminou com a titulação, agora entre aos moradores, que é uma concessão especial de uso para fins de moradia. Os três moradores, Josuel Gomes da Silva, Carlos Elvan de Figueiredo Silva e Gilson Bonfim Santos do Nascimento, são os que estavam na área da UFF. O morro da Lara Vivela ainda tem 47 famílias vivendo em áreas do INSS e sete em terrenos privados, para os quais o Nephu já entrou com o processo de usucapião e está acompanhando o seu desenrolar.
Fonte: www.noticias.uff.br/
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